Muito além do pãozinho francês
Mesmo com o avanço da tecnologia e a modernização de muitas funções, a profissão de padeiro continua necessitando da mão do homem. Oferecer pãezinhos fresquinhos todas às manhãs é uma das principais especialidades desses profissionais que são homenageados hoje pelo Dia do Panificador – ou do padeiro. Porém, a variedade de massas e a criatividade precisaram avançar para atender a uma clientela cada vez mais exigente.
Para o padeiro, Jarbas Marshall Soares, de 33 anos, e que há 14 anos desempenha a profissão, a quantidade de receitas é tão intensa que muitas ele até nem lembra mais. “Teve uma época que a produção se resumia a produção do pão francês e do doce, mas o perfil do cliente mudou e novas receitas surgem e precisamos nos atualizar. O cliente quer novidade. São tantos tipos de massas que algumas eu até já esqueci”, comenta o profissional, que é panificador na Rede de Supermercados Giassi.
Segundo ele, para exercer a profissão é preciso gostar e gostar muito. “Ser padeiro é a minha vida e a minha paixão, entretanto, chega momentos que cansa, enjoa. Trabalhar com alimentos necessita uma disposição diária”, coloca Soares. Para Carlos Eduardo, de 29 anos, também padeiro, a profissão chegou como uma oportunidade de crescimento dentro da empresa. “Eu trabalhava de empacotador e surgiu a chance de trabalhar na confeitaria. Foi neste momento que percebi que poderia seguir uma profissão”, diz Eduardo, que há 11 anos já é padeiro.
Para Eduardo, uma das maiores recompensas da profissão é o retorno dos consumidores. “É gratificante quando o cliente elogia e gosta do produto que fazemos”, acrescenta o profissional. Somente na loja do Giassi localizada no Bairro Santa Bárbara uma equipe de 15 pessoas trabalha na produção de massas para pães. Na confeitaria, são mais 23 profissionais. De segunda a quinta-feira são aproximadamente 175 quilos de pão francês produzidos diariamente.
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Matéria original publicada na edição de 08/07 do Jornal A Tribuna de Criciúma/SC.
Texto e fotos: Deize Felisberto