Saiba mais sobre a biomassa de banana verde
A Biomassa de Banana Verde é, basicamente, um purê que atua como um espessante em receitas, aumentando o volume e dando consistência. Por ser uma fruta verde, não interfere no sabor dos pratos em que é adicionada. Os celíacos (intolerantes ao glúten) podem se beneficar do uso da biomassa para melhorar receitas em substituição de farinhas, aveia, centeio, etc. Existem três tipos de biomassas de banana verde: Biomassa P: só com a polpa da fruta; Biomassa F: somente utilizando a casca verde Biomassa Integral: é a junção da polpa com a casca. O modo de preparo é simples, necessitando apenas de banana verde e água. Confira o modo de preparo. 1 - Lavar as bananas verdes com casca, uma a uma, utilizando esponja com água e sabão, enxaguando-as bem. As bananas devem estar completamente fechadas. 2 - Em uma panela de pressão com água fervente, cozinhar as bananas verdes com casca, cobertas com água, por vinte minutos. 3 - Em seguida, desligar o fogo após os primeiros oito minutos e deixar a pressão cozinhar as bananas. 4 - Ao término do cozimento, manter as bananas na água quente da panela. 5 - Aos poucos, retirar a casca da polpa, que deve ser passada imediatamente no processador. É importante que a polpa esteja quente, para não esfarinhar. O produto que sai do processador é a biomassa P. Para obter a biomassa F, deve-se reservar as cascas e colocá-las em uma solução previamente preparada de 1 litro de água com o suco de 2 limões grandes. As cascas deverão permanecer nessa solução por um período mínimo de 30 a 40 minutos. Depois poderão passar pelo processador elétrico. O produto resultante é a biomassa de fibra. Para o preparo da biomassa integral faça o mesmo procedimento com as cascas, deixando-as de molho na solução de limão e água por 40 minutos, e quando estiver processando a polpa, adicionar aos poucos a casca. Pode ser armazenada por oito dias na geladeira ou congelada por três a quatro meses. Entre os principais componentes da banana verde estão o amido resistente (AR), podendo corresponder de 55 a 93% do teor de sólidos totais, e as fibras (cerca de 14,5 %). Quando há amadurecimento da banana, esse amido resistente é convertido em açúcares, em sua maioria glicose, frutose e sacarose, dos quais 99,5% são fisiologicamente disponíveis. Devido às características do AR, seu comportamento mostra-se semelhante ao das fibras alimentares, com efeitos fisiológicos benéficos tanto sistêmica quanto localmente (principalmente no intestino grosso). Dessa maneira, o AR pode ser denominado de “alimento funcional” que é aquele capaz de proporcionar benefícios nutricionais, dietéticos e metabólicos específicos, contribuindo para o controle e redução do risco de doenças. O AR tem diversos benefícios, estudos realizados têm relacionado o seu consumo com um menor risco de câncer colorretal. Isso ocorre principalmente devido a um melhor funcionamento intestinal, que diminui o tempo de exposição da mucosa a substâncias tóxicas (ácidos biliares secundários e proteínas fermentadas). Além disso, como o AR não é absorvido no intestino delgado provoca alterações benéficas nas características do bolo fecal, tais como aumento de volume e textura das fezes, aumento do trânsito intestinal e excreção facilitada. Pesquisas mostram que o consumo continuado de AR auxilia também na diminuição de níveis séricos de colesterol e triglicérides, contribuindo no tratamento de dislipidemias e na prevenção de doenças coronarianas. Quando o AR chega ao intestino grosso, sofre um processo de fermentação bacteriana, produzindo ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), responsáveis pela manutenção da integridade do cólon contra mutações celulares malignas e protegendo contra o câncer coloretal. Assim sendo, o AR pode ser classificado como um “prebiótico”, termo utilizado para designar um ou grupo de ingredientes alimentares que não são digeridos pelas enzimas digestivas normais, mas que atuam estimulando seletivamente o crescimento e/ou a atividade de bactérias benéficas no intestino que têm por ação final, melhorar a saúde do hospedeiro. O AR apresenta também “ação simbiótica”, pois em estudos com animais foi capaz de aumentar significativamente o número de lactobacilos presentes no intestino. Referência: BIANCHI, Márcia. Banana Verde - Propriedades e Benefícios. LEON, Tiane Machado. ELABORAÇÃO E ACEITABILIDADE DE RECEITAS COM BIOMASSA DE BANANA VERDE. 2010. UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC, Criciúma-SC. Colaboração: Danielle Nunes Nutricionista CRN 2028 Giassi Supermercados São José (Barreiros)